Newsletter CIGRE-Brasil - Setembro/2020


Missão
- Promover a produção, o compartilhamento e a disseminação de conhecimentos técnicos aplicados ao setor elétrico, como indutor da qualidade de vida sustentável.

Visão - Ser reconhecido nacional e internacionalmente como referência na produção e na gestão do conhecimento técnico aplicado ao setor elétrico, assim como, na articulação entre todos os seus agentes.


Valores
- Competência Técnica, Ética, Transparência, Imparcialidade, Crescimento e Valorização dos Associados e Trabalho Voluntário com Profissionalismo.

CINCO DECENÁRIOS DE HISTÓRIA
Au fond, le monde est fait pour aboutir à un beau livre (“Basicamente, o mundo é feito para alcançar um belo livro”). A citação do poeta e crítico literário francês, Stéphane Mallarmé (1842-1898), mencionada na ocasião da feitura do livro de 35 anos do CIGRE-Brasil, pelo ex-presidente Eduardo Marcio Teixeira Nery (1991-1995), de fato se aplica à instituição brasileira. A história do CIGRE-Brasil é uma bela obra.

Da criação

As páginas da entidade franco-brasileira foram preenchidas por relevantes atores do setor elétrico, como revela a Seção Memória da centésima edição da Revista EletroEvolução.

A criação de um organismo brasileiro foi articulada para operar nos moldes do CIGRE, fundado em Paris em 1921, que se constituía na organização internacional de maior significado, no setor da geração e transmissão de energia elétrica no mundo. Para alcance desse feito, e
ntre os anos de 1970 e 1971, os engenheiros Jerzy Zbigniew Leopold Lepecki e Licínio Marcelo Seabra, diretores da Cesp e da Cemig respectivamente, se mobilizaram voluntariamente, junto a diversos outros profissionais brasileiros e de outras nacionalidades, que aqui trabalhavam. Todos inspirados pela ideia da união de esforços e competências para desenvolver a engenharia de potência nacional e representá-la no contexto internacional, de modo ativo e contributivo, sem remuneração financeira.

Foi criado assim, em 5 de maio de 1971, no Clube Harmonia, em São Paulo, o até então Comitê Nacional Brasileiro do CIGRE. Hoje, o atual Comitê Nacional Brasileiro de Produção e Transmissão de Energia Elétrica tem sua sede em um dos cartões postais da Cidade Maravilhosa, na Praia do Flamengo.


Conjuntura histórica e representatividade


Na oportunidade da comemoração dos 45 anos da insitutição, o Diretor-Presidente da ocasião, Josias Matos de Araujo, discursou uma breve retrospectiva do cenário em que o CIGRE-Brasil encontrou-se imerso e entrelaçado. No caso, com o contexto da evolução do setor elétrico brasileiro, citando, assim, os fatos marcantes e os agentes envolvidos, desde a referência aos ex-presidentes Jerzy Lepecki e Arthur Cohen - símbolos presentes do pioneirismo das atividades do Comitê Nacional Brasileiro (CNB) - passando pela citação da fundação da 1ª sede (no escritório da Light-Rio), bem como as diversas fases do setor. Mencionou ainda a constituição das empresas que fazem parte daquelas que contribuíram e continuam atuando significativamente para as atividades do CNB - os projetos do governo federal que promoveram a constituição da estatal Chesf (1945) e da Usina de Paulo Afonso (1954), o início da mudança do modelo institucional; a criação, pelo governo de Minas Gerais, da empresa mista estadual Cemig (1951); a instauração de Furnas, nos mesmos moldes da Chesf (1957); passando pelo período do “milagre brasileiro”, o surto de crescimento econômico devido às inciativas dos anos 50, que frutificaram na década seguinte, com a criação da Eletrobras (1961); da Cesp (1963); da Eletrosul (1968) e mais tarde da Eletronorte (1973). Além dos grandes projetos de construção de usinas como 
Itaipu, Tucuruí e a central nuclear de Angra dos Reis.

 


Marcos de um cinquentenário

A narrativa que contempla quase cinco decênios de existência vem colecionando alguns marcos. Todos em harmonia com o enredo de atuação do CNB - a disseminação de conhecimento técnico como indutor da qualidade de vida sustentável, através do intercâmbio de saberes, com pesquisas e indagações suscitadas nas promoções de eventos técnicos. Sempre com um objetivo único: a busca por um mundo melhor.

O lançamento da 100ª edição da revista técnica EletroEvolução e a realização da 25ª edição do SNPTEE (em 2019) - a mola-mestra do CIGRE-Brasil - são uns dos que elencam o índice desta coletânea de atividades que contribuem para a evolução da instância do setor elétrico.

E, em breve, mais uma ação que fará parte desta compilação de parágrafos de história - a publicação do livro dos 50 anos da organização, como mais um capítulo da trajetória do CIGRE-Brasil. Dessa vez com a promessa de um relato mais robusto, dadas as transições pelas quais a sociedade passou (incluindo o atual cenário da pandemia da COVID-19), além da sua ascensão enquanto empresa. No passado, uma sala com uma única promoção bianual. Hoje, um escritório de  04 salas, com equipes estruturadas, que tocam quase 20 eventos técnicos por ano, ao lado dos especialistas voluntários dos Comitês de Estudos e das empresas parceiras que têm seu lugar especialmente reservado nas linhas de agradecimento das primeiras laudas desta obra.

O nosso time aguarda ansiosamente para compartilhar e celebrar, com todos os nossos associados e aqueles que nos apoiam ao longo dessa caminhada, mais uma virada de página com muito êxito.
 

| Somos #100!
Mais uma marca memorável para o CIGRE-Brasil. A entidade que vem revisitando todos os seus alcances, nas vésperas do ano do seu cinquentenário e da elaboração do seu livro que soleniza a data, a revista EletroEvolução completa a a sua 100ª edição. 

Idealizada na gestão do ex-presidente Eduardo Nery (1991-1995), um dos protagonistas que ajudaram a inserir a engenharia brasileira de sistemas de potência no cenário internacional. Nery, como todos os demais, teve uma atuação marcante, sobretudo no destaque para a criação e o lançamento da Revista EletroEvolução – Sistemas de Potência. 


Fruto de um cuidadoso trabalho preparatório, teve seu nome escolhido através de um concurso realizado na 12ª edição do SNPTEE e a publicação do seu 1º número em 1994.

Um pouco mais de um quarto de século depois, o número 100 da revista traz na Seção Memória um artigo especial sobre a criação do CIGRE-Brasil e os envolvidos no concebimento da instituição, bem como a constituição das suas primeiras atividades, incluindo a atuação dos representantes do Grupo Eletrobras.

A edição vem ainda com o artigo convidado sobre a Proposta de Realização de Leilões Híbridos de Energia, além dos artigos do XXV SNPTEE, XIV STPC e da recém- realizada e-Session 2020.

Confira a edição da revista no nosso site.

Boa leitura!
| Número Um!
Na trilha das comemorações - seguindo o tom desta edição da newsletter - mais um feito para o Comitê Nacional Brasileiro: o posto de número 1 dentre os 30 países de destaque do CIGRE. Considerando que participam da organização internacional mais de 90 países, estar em primeiro lugar no resultado parcial informado em agosto /2020 compreende uma grande realização do Comitê Brasileiro.
 
A instituição voltou a ter representatividade como o comitê com o maior número de sócios equivalentes, atingido pela 1ª vez em 2009, com a marca de 1.022 associados em 2020
Mais do que uma colocação, a chancela alcançada espelha todo o envolvimento das equipes do CIGRE-Brasil e dos profissionais voluntários da Diretoria e dos Comitês de Estudos, na busca por especialistas e parceiros interessados com o engajamento das atividades da instituição, com a finalidade de fazer o CIGRE acontecer.
| Parceria Memória da Eletricidade - #PaposDeEnergia
Mais uma parceria de peso para o CIGRE-Brasil. Ainda que vinculada ao Grupo Eletrobras - de mãos dadas com a nossa jornada desde os anos 70 – desta vez a sinergia é com a Memória da Eletricidade, que traz a sua aposta, desde 1986, no resgate e na valorização da história para a preservação do conhecimento.

Foi com esse propósito que ambas as empresas se juntaram. O CIGRE-Brasil foi convidado, dessa forma, a participar de um dos programas desenvolvidos pela Memória – a série de webinars #PaposDeEnergia. O projeto em pauta integra os três principais pilares de atuação da instituição: gestão da memória, da informação e do conhecimento.

 

Para colocar em prática, as equipes envolvidas trabalharam levantando temas para debates, todos com a condução do curador digital da Memória, Ricardo Buratini. Foram realizados 04 blocos durante o mês de setembro, com profissionais convidados dos Comitês de Estudos B2 - Linhas Aéreas, C4 - Desempenhos de Sistemas Elétricos, C5 - Mercados de Eletricidade e Regulação e C6 - Sistemas Ativos de Distribuição e Recursos Energéticos Distribuídos.

Cenários de Mercado
O 1º episódio da série trouxe como debate, no dia 08.09.20, os Cenários de Mercado e a Moderinização do Setor no Pós-COVID, com a articulação dos especialistas João Carlos de Oliveira Mello (Coordenador do Comitê de Estudos C5) e Solange David (Membro do Conselho de Administração do CIGRE-Brasil).
Questionamentos sobre a extensão da crise, o ritmo e os cenários da retomada, bem como quais seriam os impactos considerando o pior cenário foram levantados.
Ao final, João Mello prenunciou sobre uma mudança no setor elétrico. 

Anunciou que, diferentemente de tempos remotos, onde todas as decisões eram no modo  top down, hoje o fenômeno é o empoderamento do consumidor - instaurando, assim, uma disruptura de arquétipos. Segundo ele, "agora o consumidor sentará à mesa", ocorrendo aí uma possível descentralização devido a uma gama de desenhos de mercados.

Solange, por sua vez, sinalizou para o perfil holístico da discussão e para a fé que deposita  na ciência, tecnologia e educação, exemplificando com o prêmio recebido pelo Brasil, na década de 90, com a erradicação do sarampo. Colocou que "de nada adianta ter energia elétrica senão tem uma utilização nobre". No caso, o progresso, no sentido amplo do termo, que é gerar bem-estar para todos – consumidores produtores, investidores e demais atores. Finalizou que a educação é o principal pilar.

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Geração Distribuída

Já o 2º bate-papo convocou duas autoridades nos saberes da Geração Distribuída (GD): Alexandre Rasi Aoki (Coordenador do Comitê de Estudos C6) e Cicéli Martins Luiz (Secretária Executiva do Comitê de Estudos C6), com o tema Desafios e Oportunidade no Mercado de Geração Distribuída no Pós-COVID, no dia 15.09.20.
A conversa despertou questionamentos sobre a importância da GD para o país nos dias de hoje; a regulação/incentivos existentes no Brasil; o destaque para alguns estados, como Minas Gerais; os novos projetos pelo mundo e quais tipos de tecnologia têm despontado em contraponto com os projetos em destaque no Brasil; bem como a questão da crise do COVID-19 afetando a expansão do mercado de GD. Apontou ainda para a temática de um futuro próximo sobre armazenamento, microrredes e veículo elétrico  -  essas inovações devem atender ampla gama de consumidores (mais carentes) ou tendem a ser soluções para estratos mais ricos?

Cicéli finalizou com o convite de participação do grupo de trabalho GT GD, para discussões mais aprofundadas com o intuito de maximizar os benefícios para a sociedade em geral.

Já Aoki completou sugerindo para o público presente, dicas de minicurso (promovido pela ABMR), consultas de iniciativas encontradas no site da CEMIG (com o mapa de disponibilidade para GD no estado de MG), além da indicação da página da ANEEL, com relatórios técnicos relacionando a quantidade de projetos por estado e a evolução dos mesmos. Pronunciou ao final que a "Geração Distribuída é um livro aberto no Brasil", adicionando que o GT (mencionado pela Cicéli) tem a participação de todos os atores do setor e ressaltando que "quanto mais representatividade, melhor".

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Inovação e Cooperativismo

Mais uma notícia para se integrar à teia da newsletter de setembro, que tem como um dos seus pontos, a história.
 
Foi o caso do 3º episódio da série #PaposDeEnergia que trouxe Carlos Alexandre Nascimento e Alexandre Pinhel, especialistas e membros ativos dos Comites de Estudos B2 e C4, respectivamente. O tema dessa vez foi Além do Watt - Cooperativismo e Inovação no Setor Elétrico, no dia 22.09.20.

Ao longo do bate-papo os palestrantes relataram suas experiências e as relacionaram com seus pontos de vistas sobre a polêmica que envolve o assunto. Ao final, posicionaram-se acerca dos principais desafios e do que consideram como relevante para o desenvolvimento dos novos profissionais.

Carlos Alexandre apontou para o público a necessidade de um novo perfil de profissional. Mais do que eletricista  é preciso de um "sinergista", que esteja apto para lidar com os desafios no dia a dia do setor elétrico, abrangendo questões como as novas tecnologias. 

Finalizou com sugestões, destacando acreditar serem importantes para qualquer setor, não só para o de engenharia. Sinalizou para uma necessidade de modernização das redes do setor elétrico, com a ilustração de um gráfico que aponta 2020 como um ano de disruptura - onde indivíduos com e sem experiência encontram-se na mesma situação. Levantou ainda sobre a questão da mudança de eixo nas relações - onde o cliente, no cenário atual, adquiriu empoderamento. Concluiu com a crucialidade do "fazer diferente"  - tanto para o jovem como para pessoas experientes.


Pinhel, por sua vez,para uma contextualização do que estava para ser argumentado, introduziu com uma pincelada da história da Eletricidade, onde o surgimento da mesma se deu por uma demanda pública. Na ocasião vários atores importantes estiveram envolvidos, com sua parcela de contribuição, incluindo notadamente, Thomas Edison. Colocou que em 1895 o desenho do setor elétrico foi delineado e desde então o mesmo vem sendo adotado com incrementos e desenvolvimentos, sem nenhuma disruptura de fato.

 

No âmbito do cooperativismo, Alexandre compartilhou sobre uma iniciativa da Cefet, da qual faz parte, em consertar ventiladores pulmonares face à crise da COVID-19. Quando questionado sobre quais obstáculos a serem vencidos dentro da abordagem das novas tecnologias, sinalizou para uma carência de profissionais com essa habilidade. Hoje o projeto é tocado por especialistas voluntários de áreas diversas, sendo ele engenheiro mecânico, com experiência em manutenção, interfaceando com uma equipe de  engenharia clínica, por exemplo. Com a atual demanda detectada, foi levantada a urgência de uma revisão tanto no nível técnico quanto no superior. Uma incorporação no curso de elétrica/eletrônica para que sejam formados profissionais com essa competência. 

 

Sobre o conceito de inovação no setor elétrico, o discurso de Pinhel trouxe dois prismas: o primeiro com várias curiosidades sobre a relação do uso das novas tecnologias, com o correspondente de gasto de energia elétrica pela população. Suscitou ainda questionamentos sobre problemáticas sociais e do aquecimento global. 

Por outro lado, aventou que todos os saltos da sociedade mundial ocorreram através das alavancagens da engenharia.  "A engenharia é a locomotiva da humanidade" (seja em avanços de qualidade, de química. De uma forma ou de outra, sempre se esbarrou com um braço da engenharia). No entanto, questionou o uso banal das palavas, como  empreeendedorismo e inovação, colocando que a engenharia precisa aprender a se bilndar desse fenômeno. Até mesmo porque, segundo ele, "a eletricidade ainda está ancorada no design original." Exemplificou, para isso, que o painel fotobvoltaico não é atual. Sua existência remonta dos anos 50, com a pesquisa espacial.


Sinalizou, finalmente, para a importância de estar convicto do que realmente se tratar de uma inovação, de algo que veio para transformar. Informou que acredita na existência de criações que realmente agregam à condição humana – as que proporcionam melhores condições de saúde e conforto, sempre serão válidas. 

Mas se o intuito para tanto investimento não tiver como fim a viabilização de melhorias para a sociedade -  como a solução da fome para 2/3 da humanidade - pode ser descartado, uma vez que estará apenas consumindo o recurso que está ficando escasso. Fazendo, assim, jus ao juramento do engenheiro – Juramento de Arquimedes -  o qual assegura que "não se deixará cegar pelo brilho excessivo da tecnologia.” 

Gestão Socioambiental

O  4º  episódio, Gestão Socioambiental, encerrou com peso a série #PaposDeEnergia, no dia 29.09.2020 – tendo a presença de relevantes nomes que participam das atividades do Comitê de Estudos C3 (CE C3) – Desempenho Ambiental de Sistemas: a Secretária-Executiva, Daniella Soares, e dois membros especialistas ativos, Kátia Cristina Garcia e Antonio Fonseca. 
Do início

Mais uma vez, o contexto de um passado recordado veio à tona para compor a tônica desta edição. Kátia, em uma de suas falas, sinalizou para a necessidade de se construir um futuro resiliente, através da diminuição das diferenças e promoção da inclusão e da paz – um dos pilares que forma o sentido conotativo de desenvolvimento sustentável

Para tanto, colocou a importância da memória, que se faz essencial para entender o futuro. Retomou a eventos realizados do passado, como a pioneira Conferência de Estocolmo (1972) - a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano – que evoluiu em 1987, com o Relatório Brundtland das Nações Unidas, quando finalmente foi cunhado o termo Desenvolvimento Sustentável. Ambos os marcos lançaram as bases para a ECO-92, realizada no Rio de Janeiro - também com importância elencada por Kátia, colocando que “recuperar a história é importante para entender de onde essa discussão surgiu”.

O debate

Buratini conduziu o debate com questões levantadas sobre a transversalidade da sustentabilidade; perspectivas de melhora efetivas (e não apenas aparentes) dentro do cenário da pandemia; quais as partes mais sensíveis (indicadores mais urgentes), bem como o crescimento de novos projetos sem deixar de lado as questões ambientais.

Para endossar o conteúdo que foi posicionado aos participantes - além do resgate de uma memória para fundamentar o tema e solidar que se trata de um assunto que vem caminhando há um certo tempo - os palestrantes apresentaram alguns conceitos. No caso, a ideia de sustentabilidade e também a questão do setor elétrico ser um ponto chave, com a introdução de termos de indicadores - como os 17 ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) e o ESG (índice que avalia as operações das principais empresas conforme os seus impactos em três eixos da sustentabilidade – o Meio Ambiente, o Social e a Governança). Todo um estudo de especialistas que permeia saberes multidisciplinares que convergem para um denominador comum: a harmonização do crescimento econômico, com inclusão social e proteção ambiental. Todos imersos em uma realidade disruptiva, com o apontamento de uma nova geração preocupada, acima do retorno de seus investimentos, com o seu legado.

Principais desafios

Buratini encerrou o bate-papo indagando aos convidados quais desafios consideram importantes dentro de uma retomada desse cenário de pandemia.

Kátia mencionou uma pesquisa a qual relacionou como um grande desafio a reavaliação dessa retomada no que concerne aos planos que vêm sendo implementados. Citou ainda a comemoração, em 21.09.2020, dos 75 anos da ONU, com a ratificação dos temas como pobreza, desigualdades e questões climáticas, por exemplo. Ilustrou com a questão do relacionamento com as comunidades tradicionais, bastante afetado e que dificulta a avaliação da efetividade desses programas, devido ao distanciamento social.
Declarou ser o grande desafio e finalizou com o a poesia de Ferreira Gullar No Mundo Há Muitas Armadilhas. Alertou para o cuidado para que o refúgio não seja uma armadilha. Quer dizer, que essas questões pontuadas para o efetivo desenvolvimento sustentável não sejam negligenciadas nessa retomada, independente de melhorias terem sido apontadas no panorama instaurado pela COVID-19.

Daniela aventou sobre a organização de empresas, dos mais variados setores, com suas contribuições de solidariedade. Acredita que um dos desafios é que essas empresas prolonguem as suas ações, buscando os impactos positivos sinérgicos. E atentou para que sejam observados se essas condutas foram meramente efetivas ou se foram apenas propaganda tendo em vista à oportunidade do momento.
Como reflexão, ainda mencionou o GT internacional do CIGRE – colocou que algumas linhas durantes muitos anos foram taxadas como abstratas. Mas, mais uma vez, fortaleceu a voz de serem desafios concretos. Finalizou para a importância de não deixar que seja “um assunto meramente da moda, que seja visto com seriedade, que tem muito a se fazer”.

Por fim, Antonio colocou recomendações como relações transparentes, valorização da economia social e voluntariado. Destacou com um entendimento caminhando sempre para frente, onde a capacitação das comunidades tradicionais para entender as empresas, e vice-versa, não seja visto como um universo paralelo. Ambas as partes devem se harmonizar. 
Como fazer? Esse é o grande desafio. A pandemia vem como oportunidade de parar um pouco,“tirar uma fotografia” e avaliar. “De nada adiantam ações sociais se elas não tiverem fundamento, um objetivo para uma caminhada rumo à evolução”, afirmou. Nesse caso, o desenvolvimento sustentável, a erradicação de problemas sociais e ambientais que o mundo vêm passando por muitos anos.
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Os webinars podem ser conferidos no canal do youtube da Memória da Eletricidade.
| Webinar CE C5 - Parceria CIGRE e Thymos Energia
Na esteira da tônica onde os momentos de crise são um terreno fértil para novas oportunidades, o mesmo também se aplica para as atividades do CIGRE-Brasil. De uma iniciativa do coordenador do Comitê de Estudos C5 – Mercados de Eletricidade e Regulação, João Carlos de Oliveira Mellosurgiu então o 1o evento online da instituição, em parceria com a Thymos Energia - o webinar O Futuro do Mercado de Energia: Tecnologia, Inovação e Regulação, realizado de 15 a 24.09.2020.
Ao público participante foi oferecida uma programação com cursos sobre as transformações  no âmbito do mercado de energia elétrica nos últimos anos, todos sob a aplicação de especialistas conceitudados no setor: 

A temática que permeou entre as aulas foi desde as mudanças desde a abertura total e gradual do ambiente livre, incluindo a proposta de revisão do modelo, a inserção de novas fontes de energia e novas tecnologias até a modificação no perfil de consumidores. Todo esse percurso, necessário para acompanhar as alterações nos cenários econômicos, sociais e tecnológicos pelo mundo inteiro, provoca novos desafios de adaptação e regulação.

Assim como na dinâmica adotada pela e-Session 2020 - Paris, no mês de agosto, os cursos puderam ser acompanhados tanto  ao vivo, como também nas suas gravações disponibilizadas posteriormente aos inscritos.

webinar contou ainda com o patrocínio da Delta Energia e apoio da ECOEE, FOHAT, KER Innovation, do Lactec e da SP4 Comunicação Corporativa
| Eventos Adiados
XV STPC - Caderno de Patrocínio - a 15ª edição do Seminário Técnico de Proteção e Controle já tem data marcada. Será mais um evento sediado pela capital carioca, dessa vez promovido pelo Comitê de Estudos B5 - Proteção e Automação, e com a organização da  Taesa - agora em NOVA DATA, de 05 a 08.04.21, no Hotel Windsor Barra.
A comissão organizadora convida a todos os parceiros para esse encontro com a divulgação do projeto de patrocínio e também informa que as inscrições estão abertas no site do evento
XVI EDAO - Nova data agendada- CIGRE-Brasil e Copel, como comissão organizadora, anunciam a nova data do encontro - 26 a 28 de abril de 2021, na capital paranaense, Curitiba. 

A 16ª edição do Encontro para Debates de Assuntos de Operação, promovido pelo Comitê de Estudos C2 - Operação e Controle de Sistemas também teve sua programação afetada pela  propagação do COVID-19 e, portanto,  terá o prazo da chamada de trabalhos (finalizado em abril), assim como o cronograma, reavaliados e divulgados em breve pela comissão organizadora.

Acompanhe através do respectivo site do evento.
IX SMARS: Seminário adiado - A nona edição do Seminário Brasileiro de Meio Ambiente e Responsabilidade Social no Setor Elétrico tem sua nova data confirmada para o período de  18 a 20 de maio de 2021, ainda na capital carioca, com a parceria da Brookfield, como Comissão Organizadora.

Assim como outros eventos da instituição, devido à conjuntura atual que envolve a propagação do COVID-19, por orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde)
e diretrizes do Governo estadual do Rio de Janeiro e demais cidades, o evento precisou ser adiado para o próximo ano.
O seminário lançou em 27.01.20 a sua primeira chamada de trabalhos e anunciou a nova data de prorrogação do seu envio - até o dia 22.02.21. As informações do cronograma e dos temas preferenciais, bem como a submissão dos trabalhos, podem ser realizados e conferidos no site do evento.
X WORKSPOT: CIGRE-Brasil e Itaipu Binacional, como comissão organizadora, anunciam o adiamento do X  Workspot para o período de 21 a 24 de novembro de 2021, tendo em vista a situação da pandemia do novo coronavírus, com suas graves consequências para a sociedade em escala mundial e as incertezas quanto a sua evolução.

A 10ª edição do  Workspot, promovido pelo CIGRE-Brasil, através dos Comitês de Estudos A2, A3, B3 e D1 mantém as formas de investimento de patrocínio. O convite a todos os seus parceiros pernanece em aberto para fazerem parte desse encontro na terra das Cataratas.

As comissões organizadora e técnica estão trabalhando e logo divulgarão o cronograma e o programa técnico atualizado para o evento. O acompanhamento das novas datas pode ser realizado através do site do evento. 
Agenda 

 
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FIQUEM ATENTOS: Parte dos eventos que aconteceriam em 2020 foram adiados. As novas datas estão sendo divulgadas conforme definição do Comitê Técnico do CIGRE-Brasil.

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EVENTOS 2020


CE A1 - IX ENAM - Encontro Nacional de Máquinas Rotativas
NOVA DATA! 16 a 18 de novembro - Florianópolis - SC

CE C6 - III SENCESF - Seminário Nacional CIGRE de Energia Solar Fotovoltaica
DATA PREVISTA 20 e 21 de novembro - Florianópolis - SC

CE B5 - Workshop e Curso sobre Medição Fasorial e suas Aplicações em Proteção e Controle

NOVA DATA! 01 a 03 de dezembro - Rio de Janeiro - RJ 

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EVENTOS 2021


CE B5 - XV STPC - Seminário Técnico de Proteção e Controle
NOVA DATA!
 
05 a
08 de abril- Rio de Janeiro - RJ

CE C2 - XVI EDAO - Encontro para Debates de Assuntos de Operação
NOVA DATA!
26 a 28 de abril - Curitiba  - PR

CE C3 - IX SMARS
 - Seminário Brasileiro de Meio Ambiente e Responsabilidade Social do Setor Elétrico 
NOVA DATA!  18 a 20 de maio - Rio de Janeiro - RJ 

CE B4 - Workshop e Tutorial 2020 Sistemas de HVDC no Brasil – Uma Realidade em Expansão  
NOVA DATA! 15 e 16 de junho - Rio de Janeiro - RJ   

CB - II SINTRE  - Seminário Internacional de Transmissão de Energia Elétrica: Inovação, Regulação e Qualidade do Serviço Público 
NOVA DATA!  24 e 25 de junho - Brasília - DF

CE A2/A3/B3/D1 - X WORKSPOT - Workshop Internacional sobre Transformadores de Potência, Equipamentos de Transmissão e Distribuição, Subestações, Materiais e Tecnologias Emergentes
NOVA DATA!  21 a 24 de novembro - Foz do Iguaçu - PR


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Mais informações, acesse a seção do site, Eventos CIGRE-Brasil
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Continue fazendo parte da nossa rede de especialistas do Setor Elétrico Nacional e Internacional, renove a sua matrícula e confira as vantagens e os valores das anuidades em 2020.

Confira também os valores a anuidade de 2020. Maiores informações acesse o site, na aba do menu Associados, opção Como se Associar.

IMPORTANTE: Estamos em fase de automatização dos nossos processos e neste ano temos uma novidade relativa à emissão dos boletos. Através de nossa nova ferramenta digital, o sistema SIG-CIGRE, é possível agilizar os serviços de cadastro de associados, eventos e financeiro, incluindo a emissão dos boletos referentes ao pagamento das anuidades. Sendo assim, a emissão deste documento é realizada através da plataforma IUGU, a qual se encontra integrada ao nosso sistema - vide imagem do novo boleto. 
| Promoção 15 meses!
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Ficha Técnica

Diretoria CIGRE-Brasil
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Diretor-Presidente
Iony Patriota de Siqueira
Diretor Técnico
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Diretora de Assuntos Corporativos
Antonio Simões Pires
Diretor Financeiro

Equipe CIGRE-Brasil


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Gerente de Comunicação & Eventos
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